Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANTONIO GENIVAN NUNES BRAZ
DATA: 29/08/2025
HORA: 09:30h
LOCAL: Sala de Reuniões do PPGCITE
TÍTULO: CARNAVAL, CULTURA E CIDADE: Um Estudo sobre o Bloco Carnavalesco “As Virgienses” de Vigia de Nazaré – Pará

PALAVRAS-CHAVES: Amazônia; carnaval; cidade; cultura; identidade; Vigia de Nazaré/PA. 
PÁGINAS: 175
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação


RESUMO: Este estudo visa compreender a relevância do bloco carnavalesco As Virgienses, no contexto do carnaval paraense, enquanto prática sociocultural urbana e elemento estruturante da identidade cultural de Vigia de Nazaré, frente à Modernidade. O Carnaval, como uma das expressões mais marcantes da cultura popular de Vigia de Nazaré e do estado do Pará, reflete processos históricos e dinâmicas sociais que transcendem sua dimensão festiva. Em 2025, ao completar 40 anos de existência, As Virgienses ilustram uma trajetória marcada por transformações que dialogam com os conceitos de identidade, cultura e cidade, dentre outros, na pós-modernidade. O estudo sobre este bloco carnavalesco nos possibilita uma compreensão da cidade, ao dialogar na dimensão da pós-modernidade, enquanto epicentro da vida econômica do município, vetor de transformação, estilo de vida, cidade espetáculo, espaço de produção e reprodução cultural, de inclusão e fenômeno social de desenvolvimento da sociedade moderna. O bloco não é apenas um espaço de celebração, mas também um fenômeno que integra a vida econômica do município, conectando estilos de vida e consolidando Vigia como um palco de produção e reprodução cultural, inclusão social e desenvolvimento. Embora As Virgienses preservem tradições enraizadas, sua constante transformação evidencia uma adaptação às demandas contemporâneas. Reunindo brincantes de Vigia e de municípios vizinhos, o bloco se caracteriza pela diversidade cultural, promovendo uma interação entre o local e o global. Essa manifestação não apenas reforça a identidade coletiva da cidade, mas também dinamiza a economia local por meio de processos criativos e de representatividade social. Do ponto de vista metodológico, o estudo segue uma abordagem qualitativa e etnográfica, onde assumimos o papel de observador participante. A coleta de dados incluiu entrevistas semiestruturadas com oito brincantes do bloco, cujas respostas foram transcritas pelo software Transcribe Me e analisadas a partir da análise de conteúdo de Bardin (2016). Adicionalmente, foram realizados registros em diários de campo e fotografias para enriquecer a análise. O embasamento teórico fundamenta-se em autores clássicos, internacionais, nacionais e regionais, entre os quais, Hall (2005), Harvey (2016), Geertz (2008), Canclini (2008), Yúdice (2006), Cruz (2011, 2014, 2018, 2021.a, 2021.b, 2023, 2024), Silva (2015; 2019), Da Matta (,1978,1997), Giddens (2002), Wirth (1967), Simmel (1967), Rémy e Voyé (1992), Sánchez (2001), Sarraf-Pacheco et al (2015), dentre outros. Essas referências nos conduziram a uma análise acerca da articulação entre identidade, cultura e cidade, na pós-modernidade, contribuindo para a compreensão do papel do bloco como fenômeno socioeconômico, cultural e identitário da cidade ribeirinha da Amazônia paraense – Vigia de Nazaré. Este estudo conclui que o bloco As Virgienses é uma relevante identidade cultural de Vigia de Nazaré, na pós-modernidade. Concebida como uma identidade fragmentada, plural e sujeita a constantes reconstruções, evidencia a compressão espaço-tempo em meio à tensão entre o global e o local. Enquanto espaço de liberdade e expressão performática construída e reconstruída, o carnaval de Vigia de Nazaré analisado a partir da abordagem contemporânea, é reconhecido por sua dimensão interpretativa, híbrida e econômica da cultura.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - KADYDJA KARLA NASCIMENTO CHAGAS 
Presidente -  G Braz 16.00 Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin-top:0cm; mso-para-margin-right:0cm; mso-para-margin-bottom:8.0pt; mso-para-margin-left:0cm; line-height:107%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri",sans-serif; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-font-kerning:1.0pt; mso-ligatures:standardcontextual; mso-fareast-language:EN-US;} FERNANDO MANUEL ROCHA DA CRUZ
Interno - VIVIAN DA SILVA LOBATO